Ondas do Conhecimento de Toffler

03/01/2010 15:36

Autor:Fabiano Alex de Souza

Aluno cursando o 3° ano de Administração de Empresas da Universidade Estadual de Londrina-PR

 

1. Introdução

 

 

1.1.         Apresentação do Tema 

 

 

Este estudo tem como finalidade apresentar uma analise da Administração e suas evoluções ao longo tempo, pois a Administração sempre esteve presente na historia da sociedade.

Será um estudo da Administração da fase empírica até a científica, ao longo de vários séculos até as projeções do futuro.

Segundo Chiavenato (2ªED. 2000, p.15) a Administração esteve presente na sociedade desde a antiguidade, por exemplo, na construção das pirâmides no Egito, no Arsenal de Veneza, na contabilização de custos, inventários e padronização. E nos dias atuais através de lideres e empreendedores ou pensadores da administração como Frederick W. Taylor, Henry Ford e Henri Fayol.

Este estudo tem como base as idéias de Toffler (18. ED. 1992), que divide as evoluções da Administração em ondas, sendo elas as seguintes: 1ª onda: Agrícola, 2ª onda: Industrial, 3ª onda: Conhecimento, e ondas futuras: 4ª onda: Produtividade, 5ª onda; Imaginação.

Sendo que este estudo terá o foco na evolução da liderança nas Organizações, dentro das ondas analisadas.

 

 

1.2.         Metodologia Adotada e Autores Pesquisados

 

 

Este estudo é uma pesquisa exploratória e bibliográfica, feita através da revisão bibliográfica dos autores Idalberto Chiavenato, Luís César G.Araújo, Fernando C. Prestes Motta, Isabela Gouveia Vasconcelos, Stephen Robbins e Alvin Toffler que estudam as teorias da Administração.

 

 

1.3.         Organização do Relatório e Exposição Oral

 

 

O estudo inicia através do estudo das ondas: 1ªOnda: Agrícola, 2ª Onda: Industrial, 3ªOnda: Conhecimento, e suas perspectivas história e evolução ao longo do tempo.

Após está analise, inicia conjecturas sobre ondas futuras tais como: Produtividade, Criatividade e a evolução da Administração para o futuro e por fim a conclusão e suas contribuições para a sociedade e para a Administração e na formação dos administradores.

O relatório terá um foco na evolução da liderança nas Organizações ao longo das ondas estudadas.

O presente trabalho será apresentado em seminário utilizando a mídia como forma de apresentação, tendo um enfoque na evolução da liderança nas Organizações de cada onda e suas perspectivas contribuições para a sociedade.

 

 

2. Bases Evolutivas da Administração do Empirismo à Ciência:

 

 

2.1. 1ª Onda: Agrícola: Primórdios da Administração: significados, fatos, estudiosos.

 

 

A onda agrícola tem como principal riqueza a terra, através da acumulação e controle da terra se dividia a sociedade desta época.

A sociedade era agrária tendo uma economia de subsistência e produção artesanal, com uso da força física e destreza manual como base do artesanato (MOTTA; VASCONCELOS, 2004, p.23), portanto a sociedade era agrícola e o trabalho era executado de forma artesanal.

A Igreja e o Exército são Organizações que influenciaram está época através de suas estruturas hierárquicas de autoridade, centralização do poder, coordenação funcional, centralização do comando e a descentralização da execução (CHIAVENATO, 2ª ED. 2000, p.19), estas estruturas de Administração influenciaram toda a onda agrícola.

A liderança era exercita de maneira autoritária, divina e tendo como exemplos os papas da igreja católica, os senhores feudais e os generais dos exércitos.

Na antiguidade podemos citar Moises como um grande líder, mas incumbido de uma liderança divina e carismática, pois ele conseguiu libertar o povo hebreu do domínio dos egípcios, e os levou para a terra prometida de Canaã.

Esta época é marcada pela burocracia que é uma forma de organizar, de forma duradoura e estável, a cooperação de vários indivíduos, cada qual detendo uma função especializada na execução das tarefas.

Um grande estudioso da burocracia foi Max Weber que a dividiu em burocracia: tradicional, carismática e racional (MOTTA; VASCONCELOS, 2004, p.12).

Burocracia tradicional é a autoridade baseada nos costumes e tradições de uma cultura, como exemplos têm os papas e os senhores feudais. (MOTTA; VASCONCELOS, 2004, p.12).

Burocracia carismática é a autoridade baseada nas características pessoais de um individuo como exemplo tem os profetas, os heróis e guerreiros (MOTTA; VASCONCELOS, 2004, p.12).

Burocracia racional é a autoridade baseada em regras e normas aceitas pelos membros de uma comunidade ou grupo, um exemplo de burocracia racional é o Exército (MOTTA; VASCONCELOS, 2004, p.13).

O foco deste trabalho é a liderança sendo assim liderança é a capacidade de influenciar as pessoas a realizar um trabalho conjunto sob o comando de um líder.

 

“Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos”. A liderança é encarada como um fenômeno social e que ocorre exclusivamente em grupos sociais. A liderança deve ser considerada em função dos relacionamentos que existem entre as pessoas em uma determinada estrutura social, e não pelo exame de uma série de traços individuais. (CHIAVENATO,4ª ED.,1993,p.172)

 

A liderança nesta onda é autocrática, burocrática, autoritária, os lideres estão associados às Organizações tais como a Igreja, o Exército, os Reinados e Feudos.

Sendo assim os lideres desta onda são em sua maioria reis, papas e generais do exército.

A ênfase é no líder e não em seus subordinados, a liderança é centralizada.

 

Autocrática

●Apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo.

●O líder determina as providencias e as técnicas para a execução das tarefas, cada uma por vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo.

●O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro de trabalho.

●O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e nas criticas ao trabalho de cada membro. (CHIAVENATO, 4ª ED.1993, p.178)

 

 

2.2. 2ª Onda: Industrial: Principais Eixos de Teorias: bases conceituais, experiências realizadas e estudiosos de destaque, aplicações nas organizações e na sociedade.

 

 

A onda industrial tem como base a indústria e suas transformações que ocorrem devido a Revolução Industrial nos períodos de 1780 a 1914(CHIAVENATO, 2ª ED. 2000, p.20).

A Revolução industrial tem duas etapas, a primeira etapa tem como principais características a mecanização da indústria e da agricultura com o aparecimento da máquina de fiar e do tear mecânico; aplicação da força motriz a indústria, com a máquina a vapor; desenvolvimento do sistema fabril, com a substituição do artesão pelos operários e da oficina pela fábrica e da migração da área agrícola para a área urbana; crescimento dos meios de transporte como a navegação e os trens a vapor e dos meios de comunicação como o telegrafo elétrico (CHIAVENATO, 2ª ED. 2000, p.20).

Já a segunda etapa tem a substituição do ferro pelo aço, do vapor pela eletricidade, do carvão pelo petróleo, introdução da especialização do trabalhador e da máquina automática; uma nova transformação nos meios de transportes com a invenção do avião, novas formas de capitalismo tais como o capitalismo financeiro (CHIAVENATO, 2ª ED. 2000, p.20).

Desta forma temos o surgimento da onda industrial e a mudança de uma sociedade agrária para uma sociedade urbana, e do poder centrado na terra para um poder centrado na indústria.

Neste período temos duas grandes correntes dentro da teoria da administração, uma é a administração cientifica de Frederick Taylor e a outra é a teoria clássica de Henri Fayol.

Na administração científica a ênfase era dada as tarefas, a preocupação de Taylor era aumentar a eficiência no nível operacional através da analise e na divisão do trabalho dos operários, é uma abordagem de baixo para cima, ou seja, do operário para o gerente e das partes para o todo (CHIAVENATO, 2ª ED. 2000, p.32). Era uma administração muito comum em fábricas da época, que visavam à exploração do trabalhador e o aumento dos lucros.

Segundo Motta a administração científica é a busca da melhor maneira por meios de métodos científicos é o estudo dos tempos e movimentos dos operários e estabelecimento de padrões de produção e os cargos de administradores e engenheiros estabelecem padrões e os operários apenas executam (MOTTA; VASCONCELOS, 2004, p.37), tornando o trabalho alienado, assim o trabalhador se torna uma mercadoria.

De outro lado na teoria clássica de Fayol, a ênfase era dada na estrutura, a preocupação de Fayol era aumentar a eficiência através da forma e da disposição dos departamentos da organização e de suas inter-relações estruturais, dando destaque para a estrutura e sua funcionalidade; é uma abordagem de cima para baixo, da direção para a execução e do todo para as suas partes (CHIAVENATO, 2ª ED. 2000, p.52), ou seja, a Organização tem uma estrutura de hierarquias de cima para baixo, onde o planejamento determina a execução.

Fayol também descreveu as funções da administração que seriam primordiais que são planejar, organizar, comandar e controlar sendo assim se tornaram pedras fundamentais da atuação do administrador nas Organizações (MOTTA; VASCONCELOS, 2004, p.37).

Um grande exemplo de liderança da onda industrial foi Henry Ford um grande empreendedor estadunidense fundador da Ford Motor Company e o primeiro empresário a aplicar a montagem em série de forma a produzir em massa em menos tempo.

Utiliza a esteira rolante na linha de montagem introduzindo assim uma nova forma de produção designada Fordismo.

Henry Ford era revolucionário, que conseguia agir de forma visionária, passou a pagar aos funcionários um salário altíssimo na época, trazendo uma grande satisfação aos funcionários assim eles produziram muito mais e consumiram mais, pois o consumismo é uma das bases do capitalismo.

Ford realizou grandes inovações tais como a franquia de concessionárias por toda a América do Norte, inovações tecnológicas tais como a esteira rolante na linha de produção, sendo assim um pioneiro e um grande empreendedor em sua época.

A liderança nesta onda é de forma legal, institucionalizada, com a presença de chefes, diretores, presidentes há uma nova hierarquia do trabalho nas fábricas, na divisão do trabalho em especialista, e a liderança é exercida de forma burocrática e autoritária, as Organizações desta onda são fábricas, indústrias, o comércio, etc. 

A liderança nesta onda é em sua maioria autocrática, na qual a ênfase é no líder, mas já começa a surgir a liderança democrática.

 

 

2.3.  3ª Onda: Conhecimento: Bases Comparativas das Teorias Tradicionais x Teorias Inovadoras: conceitos, estudiosos, fatos, aplicações.

 

 

A Onda do Conhecimento tem como foco principal o conhecimento, as informações e a criatividade.

Uma grande mudança nos meios de comunicação aonde a informação é rapidamente transmitida para o mundo, grandes avanços no meio de transporte com aviões cruzando o globo terrestre em poucas horas, a internet, a computação, os celulares, a mídia em geral transformou o mundo em uma grande aldeia global.

A sociedade urbana deu lugar à sociedade do conhecimento tendo o computador, o conhecimento, as informações como bases determinantes desta nova sociedade.

Novas formas de se organizar as empresas já que estas passaram a atuar em nível mundial, grandes conglomerados comercias que atuam em todos os níveis da sociedade, da agricultura até no mercado financeiro.

Após o fim da Guerra Fria surge uma nova ordem econômica, dominada pelo sistema capitalista que vence o sistema socialista.

Neste contexto surgem novas teorias da administração baseadas nas pessoas contradizendo as teorias tradicionais da administração como exemplos: teoria das relações humanas, teorias sobre liderança, teoria neoclássica da administração, administração por objetivos, teoria estruturalista da administração, teoria da burocracia, teoria comportamental da administração, teoria do desenvolvimento organizacional, cibernética e administração, teoria matemática da administração, teoria da contingência (CHIAVENATO, 2ªED. 2000, p.6).

Para facilitar a compreensão das teorias vamos analisar as abordagens que englobam as teorias.

Abordagem humanista coloca ênfase nas pessoas contradizendo a abordagem clássica da Administração que coloca ênfase nas tarefas e na estrutura, como exemplo desta abordagem: a teoria das relações humanas e as teorias sobre liderança. (CHIAVENATO, 2ª ED. 2000, p.68), é uma abordagem na qual as pessoas é o centro das teorias.

Abordagem neoclássica da Administração é a abordagem clássica devidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao tamanho das Organizações atuais, as teorias da abordagem neoclássica concordam ou fazem críticas à teoria clássica, como exemplos da abordagem neoclássica: a teoria neoclássica da administração, administração por objetivos (CHIAVENATO, 2ªED. 2000, p.109), é uma nova roupagem mais atualizada da teoria clássica de Fayol, na qual a ênfase era na estrutura da Organização.

Abordagem estruturalista da Administração é a abordagem que faz a ponte entre a abordagem clássica e a humanista, esta abordagem estruturalista faz a ligação entre os conceitos de organização formal e informal é um quadro mais completo da Organização, a ênfase é nas pessoas e na questão monetária (ARAÚJO, 2004, p.52), como exemplo desta abordagem tem: a teoria da burocracia, com ênfase na estrutura e a teoria estruturalista, com ênfase na estrutura, nas pessoas e no ambiente (CHIAVENATO, 2ªED. 2000, p.193), portanto o centro das teorias é a estrutura da Organização.

Abordagem comportamental da Administração a ênfase é dada para o comportamento humano, nas Organizações, utilizando muito da psicologia organizacional e da sociologia organizacional e a ênfase é nas pessoas que compõe as Organizações, como exemplo desta abordagem: a teoria comportamental e a teoria do desenvolvimento organizacional (CHIAVENATO, 2ªED. 2000, p.249), o comportamento e os seus desdobramentos é o centro das teorias desta abordagem comportamental.

Abordagem sistêmica da Administração requer a analise total da Organização e dos acontecimentos é necessário a eliminação das fronteiras e o preenchimento dos espaços em branco, a lógica sistêmica procura entender as inter-relações entre as diversas variáveis a partir de uma visão geral (CHIAVENATO, 2ªED. 2000, p.318). Ou seja, a Organização é um verdadeiro sistema, é um conjunto de partes coordenadas para realizar um número expressivo de atividades, incluindo o ambiente interno e externo da Organização, a ênfase é dada as pessoas e ao ambiente interno e externo da Organização (ARAÚJO, 2004, p.57).

Nesta abordagem sistêmica o ambiente interno e externo das Organizações é o centro das teorias em conjunto com as pessoas, é necessário ter uma visão geral da Organização para compreender a Administração da mesma.

Como exemplo da abordagem sistêmica: a cibernética e administração, a teoria matemática da administração, a teoria de sistemas.

Abordagem contingencial são as características ambientais da organização que condicionam as características organizacionais, portanto não há uma única maneira de organizar a Organização tudo depende das características ambientais relevantes a Organização (CHIAVENATO, 2ªED, 2000, p.377). E desta forma é o ambiente que determina o comportamento da Organização, e se o ambiente é mutável, sem que possamos influir ou mesmo precisar as mutações, temos de nos preparar para as contingências (ARAÙJO, 2004, p.63).

É uma abordagem atual, pois na 3ª Onda é o Conhecimento que determina e influência nas Organizações, sendo assim o ambiente externo e interno da Organização condiciona as características da Administração desta onda, na qual as mudanças são constantes.

Para abordagem contingencial a ênfase é dada ao ambiente e como exemplo desta abordagem: a teoria da contingência.

Como teóricos desta onda, um dos exemplos é George Elton Mayo que foi uns dos formadores da abordagem humanista e suas contribuições através dos experimentos de Hawthorne, foi de suma importância para se forma a abordagem humanista. E Mary Parker Follett que mostrou que a unidade da sociedade não se encontrava nos indivíduos, mas sim nos grupos sociais, contribuindo para a formação da abordagem humanista (MOTTA; VASCONCELOS, 2004, p.57).

Mayo analisou e participou dos experimentos de Hawthorne, mas a influência de Mary Parker Follett no trabalho de Mayo é de grande importância para a abordagem humanista.

 

Dentro de uma linha já sugerida por Mary Parker Follett, a valorização dos grupos informais, pesquisadores como George Elton Mayo ajudaram a consolidar as bases do movimento de relações humanas. Mayo era um psicólogo industrial australiano que por volta de 1920 foi lecionar na Universidade de Harvard nos Estados Unidos. Suas Contribuições foram fundamentais para a Escola de Relações Humanas. (MOTTA; VASCONCELOS, 2004, p.57)

 

Outro exemplo é George Homans que conceitua sistema externo, sistema interno e a interação entre sistemas que auxilia a abordagem sistêmica, têm também A.K.Rice com os livros a empresa e seu ambiente e o livro Produtividade e organização social: a experiência de Ahmedabad como pioneiros da analise organizacional sistêmica assim uma grande contribuição para a abordagem sistêmica (MOTTA; VASCONCELOS, 2004, p.183).

 

Para Homans, no ambiente existe um sistema social diferenciado e tal diferenciação define atividades e interações aos participantes do sistema. Ao conjunto dessas atividades e interações impostas pelo ambiente, quer físico, cultural ou tecnológico, o autor chama sistema externo. As variáveis básicas desse esquema conceitual são atividades, interações e sentimentos. Tais variáveis são apresentadas como interdependentes, ou seja, qualquer modificação em qualquer delas produzirá transformações nas demais. assim , é possível afirmar que quando mais elevados for o grau de interação de duas ou mais pessoas , mais positivos serão os sentimentos que nutrirão uma(s) com a(s) outra(s) e vice-versa.(MOTTA;VASCONCELOS,2004,p.183,grifo do autor)

 

Como exemplo de liderança desta onda é o empresário estadunidense Bill Gates, fundador da maior empresa de softwares para computadores do mundo, a Microsoft..

Bill Gates no ano de 1975 funda a Microsoft e pouco tempo depois lança o sistema operacional Windows que passou a ser o sistema base para a maioria dos computadores.

Com o Windows os computadores passaram a ter um manuseio mais simples que qualquer pessoa pode usar, tornado o computador acessível a todos e massificando o seu uso tanto pessoal como industrial.

E nessa sociedade do conhecimento aonde tudo se modifica rapidamente, a informação é transmitida simultaneamente ao acontecimento, a tecnologia se revoluciona a cada segundo e o computador é o principal meio de comunicação dessa sociedade.

E Bill Gates é o grande visionário que tornou possível isso, ele foi empreendedor, acreditou em uma tecnologia que possibilitasse um manuseio mais fácil do computador tornando o computador em um protagonista da sociedade contemporânea.

A Liderança nas Organizações desta onda é flexível, se adapta as mudanças com facilidades, o líder pode ser formal, que é designado pela Organização, como também pode ser um líder informal designado pelos funcionários.

O líder trabalha em equipe, a questão comportamental é muito utilizada pela liderança, pois o comportamento, o relacionamento interpessoal é de grande importância na liderança dentro das Organizações da 3ª onda.

As Organizações desta onda são multinacionais, presentes em todo o globo terrestre, como exemplo: as redes de televisão, supermercados, indústria automobilística, etc.

A liderança nesta onda em sua maioria é democrática, a ênfase é no líder e nos subordinados, mas já tem a liderança liberal.

 

Democrático

●As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulando e assistido pelo líder.

●O grupo esboça as providencias para atingir o alvo e pede aconselhamento do líder, que sugere alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com os debates.

●A divisão das tarefas fica a crédito do grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho.

●O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito. O líder é “objetivo” e limita-se aos “fatos” nas críticas e nos elogios. (CHIAVENATO, 2ª ED. 2000.p.91)

 

 

2.4. Próximas Ondas: Perspectivas da Ciência da Administração

 

 

A sociedade atual, que é a sociedade do conhecimento, está passando por transformações com uma rapidez muito maior que nas ondas anteriores.

O que é novidade hoje amanha já é passado, e isso ocorre também na maneira que as Organizações são administradas, e assim influenciando na construção da ciência administrativa do presente e do futuro.

Segundo Robbins as mudanças de primeira ordem envolve pequenas melhorias cumulativas, mas as mudanças de segunda são multidimensionais, em níveis múltiplos, descontinua e radical, envolvendo uma reformulação de premissas (ROBBINS, 2ª ED. 2001, p.461).

Essas mudanças de primeira ordem são mudanças que visam uma melhor competitividade da Organização, como redução de custos e melhoria de qualidade. Já as mudanças de segunda ordem, mudam a Organização totalmente, a Organização passa a atuar em um nível mais elevado, um exemplo desta mudança foi a Motorola que produzia rádios para carros e passou a fabricar celulares de última geração.

O administrador tem que estar preparado para as mudanças e saber se adaptar as situações, pois estamos em um mundo que se reinventa a todo instante.

As ondas da evolução se renovam a todo o momento, segundo Toffler estamos na onda do conhecimento, mas já tem previsões de ondas da Produtividade que se baseia na gestão de pessoas na conduta técnica com o aumento de produtividade e redução de custos. Na onda da Imaginação que se baseia na ampliação do modelo de gestão de pessoas integrando aspectos individuais, organizacionais e ambientais na administração.

Com todas essas mudanças na forma da Administração das Organizações é necessário ter menos resistências às mudanças, saber trabalhar em equipe, dar feedback, reconhecer a diversidade cultural dentro das Organizações.

Como exemplo desta mudança é o exército americano que teve reduzido o seu orçamento e o seu número de tropas, após o fim da guerra fria, ou seja, o exército é um ótimo exemplo de Organização que se adapta as mudanças rapidamente.

 

O exército não é o exemplo típico que nos ocorre quando pensamos em como deve ser uma Organização que aprende. Mas pensemos novamente. O ambiente dos exércitos nacionais mudou drasticamente. Em primeiro lugar, a guerra fria, que era uma justificativa maior para o reforço militar do exército, em grande parte desapareceu. É mais provável que os soldados do exército se envolvam na alimentação de crianças na Somália , manutenção da paz no Haiti,proteção das minorias na Iugoslávia ou ajuda à extinção de incêndios florestais , do que em uma guerra.E a nova missão do exército se reflete em seu orçamento.Nos Estados Unidos , por exemplo,a dotação orçamentária anual do exército caiu de 90 bilhões em 1989 para 60 bilhões em 1994 e o numero de tropas foi reduzido de 780 mil para menos de 500 mil.(ROBBINS,2ªED.,2001,478) 

 

Contribuir com condições melhores para o desenvolvimento do trabalho dos funcionários dentro da Organização como, por exemplo, reduzir o stress dos funcionários.

Pois as próximas ondas mudaram a sociedade e a maneira como as Organizações são administradas é necessário ser inovador, segundo Robbins inovação é uma idéia nova aplicada na criação ou aprimoramento de um produto, processo ou serviço (ROBBINS, 2ªED. 2001, p.474), com isso podemos concluir que inovar e aprender a mudar é necessários nas próximas ondas que virão.

E a liderança nestas novas ondas continuara sendo uma liderança flexível, que visa à integração dos colaboradores no processo decisório, não será uma pirâmide e sim uma rede de relacionamentos, a criatividade e a capacidade de se relacionar serão de grande importância nas ondas futuras.

As Organizações podem ser virtuais, não existem fronteiras para a realização de negócios para estas empresas.

A liderança nestas ondas futuras é liberal, a ênfase é nos subordinados, o líder perde a sua autoridade, as decisões são tomadas em conjunto com os subordinados.

 

Liberal

●Há liberdade total para as decisões grupais ou individuais, e mínima participação do líder.

●A participação do líder é limitada, apresentando apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem.

●A divisão das tarefas e escolha dos colegas fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder.

●O líder não avalia o grupo nem controla os acontecimentos. Apenas comenta as atividades quando perguntado. (CHIAVENATO, 2ª ED. 2000, p.91)

 

 

2.5. Considerações do Estudo: Contribuições às Organizações e à Sociedade

 

 

Este estudo tem como finalidade contribuir na forma de administrar nas Organizações e conseqüentemente contribuir para sociedade.

Demonstrar as evoluções da Administração e tentar traçar uma previsão do futuro da Administração. E assim contribuir na melhoria da Administração da sociedade atual.

 

 

3. Conclusão

 

 

3.1. Importância deste Estudo para a Formação do Administrador

 

 

O estudo presente contribuiu para a busca da teoria sobre a Administração e sua evolução através do tempo.

Que é necessário entender o passado para poder ir para o futuro. Que Administração está presente em todos os momentos em todos os lugares da sociedade.

E que para administrar é necessário ter uma visão macro de todos os aspectos envolvidos.

 

 

3.2. Aproveitamento obtido, desempenho do pesquisador, sugestões de aprimoramento.

 

 

Em relação ao aproveitamento e desempenho foi satisfatório, é preciso melhorar com certeza e pesquisar mais.

E a melhor maneira de aprimoramento são mais pesquisas deste nível e uma leitura continua de vários autores que pesquisam a teoria geral da Administração.

 

 

 

 

 

 

 

Referências

 

 

Araújo, L.C. Teoria Geral da Administração: Aplicações e Resultados nas Empresas Brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004.

Chiavenato, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 2ª ed. Revista e atualizada. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

Chiavenato, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 4ª ed. São Paulo: Makron Books, 1993.

Motta, F.C.P.; Vasconcelos, I.F.G. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

Robbins, S. Administração: Mudanças e Perspectivas. 2ª ed. São Paulo: Saraiva 2001.

Toffler, A. A terceira onda. 18ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1992.